Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Hirtella hebeclada (Chrysobalanaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020, 2018), com ocorrência nos estados: Bahia (Lombardi 9428), Espirito Santo (Hatschbach 61601), Minas Gerais (Forzza 1684), Paraná (Ziller e Maschio 964), Rio de Janeiro (), Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo. Segundo a Flora do Brasil 2020, a espécie não ocorre na Bahia.
Árvore de até 16 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Popularmente conhecida por azeitona-da-mata, cinzeiro e pau-de-lixana, foi coletada em Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Restinga e Floresta Estacional Semidecidual associadas a Mata Atlântica nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Apresenta distribuição ampla, EOO=1016432 km², diversos registros depositados em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente, e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias, de forma frequente na maior parte das localidades em que foi registrada. Há registros de uso da madeira para construção civil e naval, porém é bem pontual e pouco documentado. É cultivada em viveiros e amplamente utilizada em reflorestamentos e recuperação de áreas degradadas. Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos efetivos que comprometam sua existência na natureza. Assim, H. hebeclada foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.
Descrita em: Prodr. [A. P. de Candolle] 2: 529. 1825. Popularmente conhecida por azeitona da mata (Silva 131), cinzeiro e pau-de-lixana na região sudeste (Flora do Brasil 2020, 2018). De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R: Sim. Há registros de uso da madeira para construção civil e naval, porém acredito que seja algo bem pontual, mas não tenho muito conhecimento sobre. Com certeza é cultivada em viveiros, utilizada em reflorestamentos e recuperação de áreas degradadas. 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R.: Sim. Rio de Janeiro, Niterói, Parque Estadual da Serra da Tiririca; Rio de Janeiro, Niterói, Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT); São Paulo, Parque Intervales; Espírito Santo, Santa Teresa, Esta o Biológica de Santa Lúcia; Santa Catarina, Águas Mornas, RPPN Rio das Lontras; Rio de Janeiro, Horto Florestal; São Paulo, Parque Ecológico APA do Carmo; Rio de Janeiro, Silva Jardim, Reserva Biológica de Poço das Antas; Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Reserva da Petrobras; Paraná, Reserva Natural Salto Morato; São Paulo, São Miguel Arcanjo, Parque Estadual Carlos Botelho; Minas Gerais, Itambé do Mato Dentro, APA Morro da Pedreira; Santa Catarina, Blumenau, Parque Natural Municipal São Francisco de Assis; ; 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R.: Sim; 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R.: Sim. Ocorre em áreas de floresta ombrófila e estacional na Mata Atlântica nos estados do ES, RJ, MG, SP, PR, SC e RS, e em regiões de floresta semidecidual em Cerrado nos estados de MG e SP.; 5 - possui amplitude de habitat. R.: Sim. ; 6 - possui especificidade de habitat. R.: Não. ; 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R.: Não; 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R.: Frequente; 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R. (Rafael Gomes Barbosa da Silva, com. pess. 19/11/2018).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present,future | national | very high |
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
Reserva Biológica de Poço das Antas, Duque de Caxias, Reserva da Petrobras, Horto Florestal e Parque Estadual da Serra da Tiririca, Parque Natural Municipal de Niterói (RJ), Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual Intervales, Parque Ecológico APA do Carmo (SP); Estação Biológica de Santa Lúcia (ES); Parque Natural Municipal São Francisco de Assis, RPPN Rio das Lontras (SC); Reserva Natural Salto Morato (PR); APA Morro da Pedreira (MG). |
Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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9. Construction/structural materials | natural | stalk |
A madeira é de textura média a grossa, com uma boa resistência aos ataques de brocas marinhas, sendo por isso usada para fins como estacas marinhas e em geral na construção naval. | ||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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16. Other | cultivated | whole plant |
De acordo com o especialista,a espécie é cultivada em viveiros, utilizada em reflorestamentos e recuperação de áreas degradadas (Rafael Gomes Barbosa da Silva, com. pess. 19/11/2018). |